Porto Santo...

O “Curador” está de ferias! Sim, porque todos têm o seu direito, e este ano, mais que todos, são merecidas e ... merecidas!!!

O último ano foi diferente. Foi mais agitado. As últimas semanas foram mais intensas e, pela primeira vez, senti o que era quebrar. Daquele quebrar que não dá para mais um passo. E nunca me soube tão bem abandonar as rotinas de sempre.

Diz-se por aqui que o nome deste lugar se deve à serenidade encontrada por estas paragens, durante uma viagem de navegantes, num dia de grande tempestade. De facto, aqui encontra-se a paz, o sossego. O único barulho da noite é o cantar dos grilos e o quebrar das ondas. As estrelas são mais e sentimo-nos mais próximos delas. Aqui encontra-se o repouso desejado.

Não que seja possível passar incógnito. Temos a impressão que toda a gente nos conhece e que quando sairmos daqui vamos conhecer toda a gente. São os passageiros do avião que nos falam na rua e se cruzam na praia; é o colega “repatriado” que passeia por estas paragens e toma a bica na mesa ao lado; é a professora de ginástica que se cruza connosco na farmácia; é a menina do café (que “nunca vi em parte nenhuma”) que me pergunta “que tal correu?” (que tal correu o quê? Ah! Tinha falado comigo “ontem” num sítio onde até trabalha, mas tava de “folga” e fazia uma perninha no café! Olhe desculpe, posso ir a alguma sítio onde não me controlem?); é o médico que atira logo que já me viu não sei onde (e tinha mesmo visto, algures no “caontinante”); é o senhor do assento do lado (no avião), que por acaso até é um dos maiorais cá do sítio, que pára na esplanada e se senta connosco para um café, e dá uma lição sobre a terra... E desconfio que isto não vai ficar por aqui (não falta nada para a senhora da roullote dar “bom dia” quando lá passar).

Mas então não era suposto ser um sossego? E é! Mas o lugar é pequeno, e como toda a gente se conhece, toda a gente sabe quem são os de fora (que nesta altura já são poucos, graças a Deus!) e por isso não é difícil identificá-los e, logo, conhecê-los. Mas toda a gente é simpática, atenciosa, disponível e tratam-nos bem.

Quando o objectivo for descanso e retempero de forças, este será sempre um lugar incontornável. A água é cristalina e quente, a areia é fina e, dizem, miraculosa, as noites são amenas e o nascer do sol é lindo!!!... Não, não sou doido! Foi por acaso, mas ficou a vontade de ver mais vezes!!!

Tou cansado, e tudo isto vai ser pouco para recarregar as baterias. É que o tempo não é tanto como isso, e voa!... Mas cura..., ou não!